Reginaldo Osnildo
Entenda a diferença entre publicidade ativa e passiva na advocacia e como se comunicar com ética nas redes, site e e-mail.
VOCÊ SABE COMO SUA PUBLICIDADE ESTÁ SENDO ENXERGADA?
Você já se perguntou se o post que publicou ou o e-mail que disparou pode ser interpretado como captação indevida de clientela? Com a regulamentação do Provimento 205/2021, ficou mais claro — e mais sério — entender a diferença entre publicidade ativa e passiva na advocacia.
Neste artigo, vou te mostrar o que a OAB considera como cada tipo, onde mora o risco, e como comunicar com segurança jurídica e estratégia. Bora deixar sua comunicação ética e eficaz? 🧠💬
📘 O QUE DIZ O PROVIMENTO 205/2021 SOBRE PUBLICIDADE?
A norma permite marketing jurídico informativo, inclusive com uso de anúncios pagos, desde que:
- Não haja mercantilização da advocacia;
- Não haja captação de clientela;
- Haja sobriedade, discrição e caráter educativo.
E é justamente aí que entra a distinção entre publicidade ativa e passiva — conceito essencial pra quem quer divulgar seu trabalho com tranquilidade perante a OAB.
⚖️ QUAL A DIFERENÇA ENTRE PUBLICIDADE ATIVA E PASSIVA?
📢 PUBLICIDADE ATIVA
É aquela que “vai até o público”, mesmo que ele não tenha buscado o conteúdo. É mais ampla e precisa de cuidados redobrados.
Exemplos:
- Impulsionar um post no Instagram ou Facebook;
- Enviar e-mails para listas de contatos;
- Patrocinar um vídeo no YouTube;
- Anúncios em buscadores como o Google.
📌 Pode ser usada? Sim.
👉 Desde que com linguagem informativa, sem oferta direta, sem frases apelativas e sem mencionar resultados ou valores.
🔍 PUBLICIDADE PASSIVA
É aquela que o público acessa por vontade própria. Está disponível, mas não é enviada diretamente.
Exemplos:
- Postagens orgânicas nas redes sociais;
- Páginas do site institucional;
- Conteúdos no blog;
- Canal do YouTube (sem impulsionamento).
📌 Pode ser usada? Sim.
👉 Ideal para educar, construir autoridade e manter regularidade na presença digital — tudo com segurança.
⚠️ RISCOS COMUNS QUE PODEM GERAR INFRAÇÃO
Evite essas armadilhas 👇
❌ Títulos sensacionalistas: “Resolva seu problema agora!”, “100% de sucesso garantido”
❌ Frases com apelo emocional comercial: “Não perca tempo, agende hoje”, “Cuidamos do seu caso como se fosse o nosso”
❌ Disparo em massa sem consentimento: enviar e-mails ou mensagens no WhatsApp sem autorização é infração ética e pode violar a LGPD
❌ Impulsionar vídeo com linguagem comercial: o Provimento veda anúncios ostensivos em plataformas de vídeo
✅ BOAS PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO ÉTICA
🔹 PARA POSTS
✔ Use linguagem educativa: “Entenda seus direitos na aposentadoria por idade em SC”
✔ Assine com o nome do escritório e número da OAB/SC
✔ Evite fotos de vitórias, decisões judiciais ou “prints” de clientes
🔹 PARA SITE
✔ Crie páginas por área + cidade (ex: “Direito Imobiliário em Balneário Camboriú”)
✔ Use linguagem clara e objetiva, sem prometer ou induzir contratação
✔ Tenha uma seção “Quem somos” com tom humano e institucional
🔹 PARA E-MAILS
✔ Envie apenas para quem se cadastrou (newsletter ou evento, por exemplo)
✔ Ofereça conteúdo: “Confira as mudanças no direito previdenciário em 2025”
✔ Inclua opção de descadastro (isso evita reclamações e mostra ética)
🔄 CHECKLIST RÁPIDO: COMUNICAÇÃO INFORMADA E SEGURA
Canal | Boa Prática | Pode Impulsionar? | Linguagem Reforçada |
Instagram | Série de posts com dicas jurídicas | ✅ Sim | “Como funciona o inventário em SC” |
Site | Página “Serviço + Cidade” | 🚫 Não (orgânico) | “Advogado previdenciário em Itajaí: dúvidas comuns” |
E-mail | Newsletter informativa | ✅ Sim (com base legal) | “Mudanças nas regras do INSS a partir de 2025” |
É SOBRE COMUNICAR MELHOR
A chave para se destacar na advocacia hoje não é falar mais alto, mas falar com clareza e ética.
Você pode, sim, usar a internet para educar, se posicionar e construir uma base sólida de autoridade.
Só precisa fazer isso com respeito às regras e com estratégia de verdade.
Se quiser ajuda para revisar sua comunicação e montar um plano 100% ético para seu escritório, pode contar comigo!
